Somos muitos, mesmo muitos. Todos os anos saem muitos, mesmos muitos das escolas. As vagas são muitas, mesmo muitas- este ano são cerca de 3600. A questão da falta de Enfermeiros é relativa. Por um lado acho que há falta de Enfermeiros, especialmente em cuidados de Saúde Primários. Se se consegue qualidade nos cuidados de Enfermagem com os números actuais, também acho que não. Se acho que faltam todos os anos cerca de 3000 novos Enfermeiros, é lógico que NÃO!!
Que soluções? Mostrar politicamente a nossa falta? Exigir legislação em que a existência de Enfermeiros seja necessária? Conquistar novas áreas de actuação, ou conquistar a outros? Mudar de Bastonária (agora é tarde!)? etc, etc.
O número nem sempre faz a força, especialmente quando os Enfermeiros estão virados para os seus umbigos. Vamos ver os números que vão participar na concentração de 5 de Junho..
Conquistar zonas de sombra que roçam áreas de outros profissionais da saúde não é fácil. Se não conseguimos manter a nossa área definida (veja-se os "personal trainers" em alguns ginásios a fazer "ginástica" pré-parto ou fisioterapeutas a aspirar dtes. ventilados), como é que vamos ganhar novos espaços?
Só quando uma profissão faz falta é que tem poder negocial? Quase sempre. Mas também temos que ser essenciais e sentirem falta de nós! Por isso os médicos ganham cada vez mais e o governo coloca-se de joelhos a prestar vassalagem! Coitadinhos não lhes dão condições para trabalhar!!
Preocupam-me os quase épicos, números de Escolas Superiores de Enfermagem: 22 públicas e 19 Privadas ! É bom que fechem algumas, por vezes com qualidade duvidosa-e quem as fiscaliza?) porque senão vamos bater recordes de desemprego.
