segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
FNAEE
Para meu espanto vi hoje no telejornal do almoço, na TV "quase" oficial da Ordem dos Médicos (leia-se: SIC), a divulgação de um estudo avançado pela nossa querida Federação Nacional de Associações de Estudantes de Enfermagem, revelando que os recém licenciados em Enfermagem levam cerca de 6 meses (na melhor das hipóteses) a arranjar emprego no ramo da saúde. Sim, no ramo da saúde, pois se forem trabalhar para as obras arranjam no dia em que terminam o curso e logo à porta da Univercidade e ganhar muito mais! Mas continuando, achei muito positivo a reportagem pois durou mais de um minuto no ar, o que pareceu-me um salto quase quântico no universo dos tempos de reportagens nos Media sobre Enfermagem. Aquilo que a nossa Ordem não conseguiu nos últimos 4 anos, ou seja, a atenção das TVs para um tema pertinente que é o excesso de Enfermeiros desempregados e a ganharem 3€/ hora, a FNAEE conseguiu! Bravo!!
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2 comentários:
A OE não existe neste momento para os enfermeiros, apenas para receber quotas e para abrir escolas, não para defender os enfermeiros, não para pugnar para que o seu número permita uma enfermagem de qualidade, a tal segurança do utente, não para verificar as condições dos estágios (o número de estagiários por serviço), a sua qualidade, não para certificar as competências dos orientadores/professores, não para avaliar as condições do ensino da enfermagem em Portugal, não para fazer pressão na tutela? Porquê? Falta de capacidade, competência? Talvez, mas pode entender-se que muitos dos membros dos órgãos sociais da OE estão nas escolas a leccionar ou a orientar, sendo um negócio a manter, mesmo dinamitando a enfermagem portuguesa. Veja-se o exemplo da ordem dos Farmacêuticos, a defender-se, o ministro quer abrir farmácias privadas em 40 hospitais, e a referida ordem está no terreno.
Temos de pensar uma greve a sério, mais de 3 dias e já agora numa ordem a sério.
Vamos ver o relatório de contas… Quando já não se investir na aquisição, remodelação das sedes, vamos ver como está o saldo.
Por acaso não vi essa "mini" reportagem, mas de facto é um grande passo as pessoas reconhecerem que existem enfermeiros no desemprego, eu tive 5 meses desempregada, mas ninguém (população em geral) percebia porquê..."mas há tanta falta de enfermeiros?" enfim... Acho que a nossa profissão não é muito valorizada, mas cabe a nós, conseguirmos mudar mentalidades, com os nossos comportamentos perante as pessoas.
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